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A magia do falar, a emoção de traduzir e a realização de expressar e ser compreendido.
Muitas pessoas ao iniciarem um estudo de uma nova língua, deparam-se com grandes dificuldades. Uma delas, a primeira talvez, é a incompreensão dos sons, das escritas, inversões de substantivos com adjetivos, mas a mais polemica e discutida ao longo do aprendizado e mesmo após uma profissionalização no novo idioma é a compreensão e interpretação do texto.
Pois, um estudante universitário preste a se formar, em uma faculdade cuja língua é a sua própria língua materna, se vê muita das vezes encurralado num teste de interpretação e compreensão de texto – Isso na sua própria língua.
Imagine agora as dificuldades em além de interpretar o conteúdo, a mensagem que se deseja passar, ainda ter que reescrever fielmente de um idioma para outro!
São expressões comuns em uma língua que não existe em outra, palavras originadas de gírias, as quais na maioria das vezes não tem nada a ver com o assunto em questão mas na linguagem coloquial, das famosas gírias se torna parte indispensável à compreensão do texto.
Um aluno de Inglês por exemplo, quebra a cabeça tentando entender o por que do uso de variadas formas como – “CAN, COULD” – se ambos referem-se sobre capacidade...
Ou ainda, o uso de “CAN, COULD, MAY” – se ambos referem-se à permissão.
Deixe-me fazer apenas uma pergunta:
Quando você era bem pequeno e seus pais estavam lhe ensinando a falar, você lhes perguntava porque dizer isto, porque dizer assim...
Acredito que não. Você simplesmente fala. Você sabe que cadeira é cadeira porque lhe disseram que o era.
Noutra língua não é diferente.
Temos sim que nos questionar a respeito do conteúdo, da mensagem, do que está se expressando nesta ou naquela frase. O que estamos entendendo é realmente o que se quer dizer?
Ás vezes uma simples tradução de poucas linhas nos prega grandes peças.
Devemos nos colocar diariamente em prova; como está meu vocabulário? Estou aparte das novidades lingüísticas? Como os jovens estão falando, se relacionando verbalmente? Ainda posso me sentar junto com um jovem / adolesceste e ter uma conversa agradável e compreensiva com ele sem que eu passe por um dinossauro falante?
A arte de falar outros idiomas é maravilhosa, você pode cruzar mares e montes sem fronteiras, sem barreiras, é lindo, é emocionante, é excitante, mas também pode ser desastroso.
Assim como em nosso língua materna, devemos estar sempre nos atualizando, buscando a informação onde ela estiver.
Seja na leitura de jornais, revistas, assistindo TV, ouvindo radio, não importa o meio o importante é estar atualizado, por dentro de tudo o que acontece, do que se falar... mas principalmente de como se fala.
Uma vez que nosso instrumento de trabalho é a própria fala, saber o que se fala e como se falar com certeza é crucial.
Nunca pense português para falar inglês. Você deve sentir a linguagem em você, fazendo parte de você, fluindo de seus pensamentos, seja esta em seu próprio idioma ou não.
A magia não está no que se ouve, mas como se reflete em sua mente.
Em como a informação chega ao seu cérebro.
Estudantes costumam ouvir “APPLE” entendem “MAÇA” e o cérebro visualiza a fruta. Quando formulam uma frase, pensam: “Preciso de ajuda” e a boca diz: “I NEED HELP”.
Não é muito mais fácil já pensar o que se vai falar ou expressar?
Como treinar o cérebro a pensar na língua na qual se quer falar?
Devemos viver diariamente este idioma, comer esse idioma, andar vestir, sentir, se emocionar, chorar, ter momentos de fúria e de ternura...
Deixe que um novo mundo entre em sua mente, um mundo de palavras, expressões, sentimentos e descobertas.
Você verá como é mágico o aprender, emocionante o saber.
Aprender fazendo, repensando, reelaborando seu trabalho...
Vamos nos utilizar da prática dissertativa como instrumento auxiliar para fazermos e refazermos, prensarmos e repensarmos as experiências de liberação da linguagem e do pensamento, as experiências compreensivas, tradutivas, conciliar inspiração, transpiração, pulsação e arquitetura na composição de textos tradutivos constitui um dos movimentos básicos para o desenvolvimento da nossa linguagem, da nossa voz interior.
Temos, então, dois momentos complementares, inseparáveis, igualmente fundamentais, na realização de cada experiência. Primeiro, o APRENDER FAZENDO, isto é, o momento da redescoberta de sua potencialidade expressiva com a linguagem funcionando, acontecendo, se revelando, sendo exercida e reconquistada. Depois é hora de REFAZER APRENDENDO, de repensar as propostas, acrescentar ou suprimir fases, palavras, sensações, sentimentos, idéias, quando e se necessário. Quais são os referenciais, os suportes para este exercício de ir e voltar ao texto, de escrevê-lo e melhorá-lo reescrevendo o que for indispensável, o que for substancial? A leitura de textos comentados, ilustrativos, exemplificadores dos processos de tradução e ou reconquista da linguagem é a grande chave. O segredo vital da aventura de instaurar significados, transportar fielmente significados, pensamentos, sentimentos, sensações humanas que só serão palavras compreendidas se traduzidas, convertidas em linguagem compreensível. Neste sentido, traduzir é criar, é uma maravilhosa e magnífica arte de escolher dentre as palavras aquela mais próxima, a mais descritiva e identificadora.
Assim, traduzir é interpretar, é “ler” os silêncios das entre linhas transformando-os em palavras, estas duas atividades - LER e ESCREVER, são portanto, igualmente insubstituíveis, são os dois lados da mesma prática, da mesma postura, do mesmo desafio.
O desafio de tecermos na linguagens alheias que vamos incorporando. Nos textos que vamos traduzindo, nos textos que vamos reescrevendo.
“O prazer, a sabedoria de ver, chegaram a justificar minha existência. Uma curiosidade inextinguível pelas formas me assatava e me assalta sempre. Ver coisas, ver pessoas na sua diversidade, ver, rever, ver, rever. O olho armado, me dava e continua a me dar forças para a vida.”
(Murilo Mendes – Na sua idade do serrote)
Existem experiências que nos levam a atravessar o medo de traduzir, interpretar sentimentos, emoções ou mesmo textos técnicos os quais necessitam um certo nível de interpretação para que a mensagem original seja atingida e não apenas transcrita em um jogo de palavras mal colocadas e sem nenhum sentido lógico e descritivo.
Experiências que nos despertam um fluxo de idéias e de palavras, que nos trazem o gosto, o prazer e a realização numa tradução objetiva, clara, descritiva e por si só, suficiente à compreensão da mensagem transmitida.
Toda esta magia, leva-nos a um êxtase profissional, a realização de nossos anseios. O atingir de nossos objetivos. Objetivos este, de levar as mensagens incompreendidas, de tornar compreensivo o incompreensivo, tornar conhecido o que antes estava oculto.
Da justificativa de nossa existência como profissionais, pessoas a segurança de nossa auto-estima, um simples carinho em nosso ego profissional e pessoal.
“No principio só existia um rabisco, sem significado e vazio, mas uma linguagem pairava sobre a face das páginas. Então veio o tradutor e reescreveu, e o que era oculto se tornou conhecido – Haja uma mensagem clara e conhecida! E a mensagem se tornou clara em forma de um linguagem pomposa e compreensiva e veio a luz, a luz do entendimento, da compreensão e tudo se tornou claro.
O mundo já não é mais um labirinto com corredores isolados, mas um unidade objetiva e ordenada, a qual caminha nas estradas da compreensão guiado e seguro pelas mãos fortes e orientadoras dos TRADUTORES, que tornaram conhecido o que desconhecido, claro o que era obscuro e legível o que era então ilegível.”